A brincadeira do faz de conta, também conhecida como “ Brincadeira Simbólica” possui inúmeros benefícios, principalmente na primeira infância, mas também em todas as fases da criança. Imaginar-se como um super herói, ou uma linda e delicada princesa, vai além da diversão e da imaginação. Ela desenvolve também habilidades, tais como a imaginação, reconhecimento de suas emoções e a linguagem.
Alguns desses aprendizados benéficos proporcionados pela brincadeira do faz de conta são perceber e aprender sobre o outro, pois através dessas brincadeiras de reprodução, a criança recria momentos cotidianos e interpreta papéis diferentes da sua realidade. Quando se colocam no lugar de outro, as habilidades da empatia vão se estabelecendo de pouco em pouco, pois, toda criança enxerga o mundo a partir de si e de suas necessidades. Assim brincadeira simbólica ajuda no processo do amadurecimento infantil. Também o Perceber e aprender sobre si, pois, a brincadeira certamente é um meio riquíssimo para a construção da autoestima e imaginação infantil.
O faz de contas proporciona poder experimentar diferentes tipos de sentimentos e também a expressão dos próprios gostos e interesses de um forma segura. Quando por exemplo, a criança brinca de boneca sendo a mamãe ou papai, e o boneco é uma própria versão de si. Aprimorar a linguagem Imitar algum personagem, um animal ou um médico, faz com que a criança elabore formando frases e utilizando expressões que talvez ninguém saiba que ela conhece. Além de ajudar no processo lógico de organização de fatos e histórias. A resolução de problemas, pois as situações criadas nas brincadeiras de reprodução e faz de conta, levam as crianças a refletir sobre meios para assim expor seu ponto de vista, precisam ouvir os colegas para juntos resolverem os problemas. E essa é uma habilidade que será útil por toda a vida.
Por isso é importante que sejam criadas oportunidades para que a criança tenha a possibilidade e também se expresse e que tenha a oportunidade para que use sua imaginação livremente. Além de incentivos através da leitura, fantoches ou de bonecos de pelúcia, ou mesmo uma caixa com variados objetos tais como: chapéus, lenços, roupas antigas, potes de plástico, molho de chaves, brinquedos miúdos e etc. Não importa qual a brincadeira criada no faz de conta, reinar em um castelo ou dono de uma fazenda, em todas elas as crianças aprendem a se expressar de maneira melhor, a resolver problemas e a cooperar uns com os outros. Por isso, devemos valorizar essa forma de expressão que é tão característica da infância.
Ao exercitar a capacidade de pensar pelo ponto de vista do outro ha a possibilidade de entendimento de que que as emoções e pensamentos dessa outra pessoa são separados e diferentes dos seus próprios. Sendo assim, permite que a criança entenda o que o outro ou outros, estão sentindo, tanto como podem reagir e assim, portanto, aprender como lidar com situações interpessoais. A partir daí, também desenvolver as capacidades de pensamento narrativo, de sequenciamento lógico e da criação de uma experiência dentro de uma história,como também ter um começo e um fim, seguindo uma ordem e inventar cenários sociais e emocionais que coexistam ou entrem em conflito. Desta forma, isso permite que as crianças se sintam seguras para expressar seus sentimentos como raiva, tristeza e medo, e dá a elas uma ferramenta para controlar essas emoções, levando a história para resoluções conhecidas e felizes.
A brincadeira do faz de conta permite também que as crianças explorem diferentes papéis sociais e desenvolvam um senso melhor e mais detalhado senso do futuro. Nessas brincadeiras as crianças são capazes de imaginar inúmeras possibilidades de ação no presente momento, também interagir com outras pessoas, revisitar memórias importantes e antecipar possíveis resultados futuros. Ela oferece as primeiras situações onde se poderá aprender e seguir as regras de sociabilidade. Quando crianças pequeninas brincam juntas e inventam uma história combinando suas imaginações, elas fazem negociações complexas sobre os papéis, compõem cenários, ações e conversas que são realizados durante essa brincadeira, e isso requer continuamente que apliquem de convenções sociais, de regras culturais e até criação de modelos cooperativos.